sexta-feira, 31 de agosto de 2018

FEBRE MACULOSA, TODO CUIDADO É POUCO!


A febre maculosa, transmitida por carrapatos, já causou 17 mortes no estado de São Paulo desde o início de 2018. Segundo o Ministério da Saúde, não houve aumento no número de óbitos, já que em todo o ano de 2017 foram registradas 58 mortes. Neste ano, foram notificados 60 casos confirmados da doença, ante 165 casos registrados no ano passado.
Segundo o Ministério da Saúde, quanto antes a pessoa é diagnosticada e começa o tratamento, maior o sucesso. A doença se manifesta com febre de início súbito, dor de cabeça, dores no corpo, manchas vermelhas na pele, começando nos pés e mãos e lesão no local onde o carrapato ficou preso. É importante avisar o médico também se a pessoa frequentou área sabidamente de transmissão de febre maculosa nos 15 dias anteriores.
No Brasil, a doença ocorre predominantemente nas regiões Sudeste e Sul e, de acordo com o ministério, nas áreas onde estão ocorrendo casos já foram adotadas as medidas preconizadas pela Organização Mundial da Saúde, como avisar as unidades de saúde locais e colocar placas de alerta à população. De acordo com a pasta, foram capacitados 550 profissionais da área de vigilância epidemiológica e vigilância de ambientes para identificar áreas reconhecidamente endêmicas.
Nos humanos, a doença tem alta letalidade e é adquirida pela picada do carrapato infectado com a bactéria Rickettsia rickettsii e a transmissão geralmente ocorre quando o artrópode pica e permanece aderido ao corpo, portanto, quanto mais rápido os carrapatos forem retirados, menor será o risco de contrair a doença.
Nos casos de contato com áreas com presença de carrapatos, recomenda-se o uso de mangas longas, botas e calça comprida com a parte inferior colocada para dentro das meias. O uso de roupas de cor clara facilita a visualização dos carrapatos. As peças de roupas devem ser lavadas em água fervente.
O tratamento se dá com antibióticos que, em caso de suspeita, devem ser prescritos imediatamente, mesmo antes da confirmação laboratorial do caso. Não é recomendada a terapia com antibióticos para indivíduos sem sintomas que tenham sido recentemente picados por carrapatos.

Dados do Ministério da Saúde

terça-feira, 14 de agosto de 2018

MES DE VALORIZAÇAO DA PATERNIDADE - MS


O mês de valorização da paternidade foi instituído pelo Comitê Vida, grupo de trabalho intersetorial que integra profissionais de organizações governamentais e não-governamentais, universidades e demais pessoas e instituições interessadas. A Coordenação Nacional de Saúde do Homem (CNSH) apoia essa inciativa e estimula que seja desenvolvida em todo território nacional. A ação é baseada em um dos eixos prioritários da Política Nacional de Atenção Integral à Saúde do Homem (Pnaish): O eixo de Paternidade e Cuidado.
O eixo da Paternidade e Cuidado consiste em incentivar a presença de homens acompanhando suas parceiras nas consultas de pré-natal, e traz a ideia de que o acesso dos homens aos serviços de saúde para participar dessas consultas, também pode ser potencializado como momento de promoção do autocuidado e educação em saúde.
Ponto fundamental para implementação desse eixo é a estratégia pré-natal do parceiro que tem como objetivo sensibilizar trabalhadores de saúde, sobre a importância do envolvimento dos pais e futuros pais na lógica dos serviços de saúde ofertados, possibilitando que eles realizem seus exames preventivos de rotina e também testes rápidos de sífilis, hepatite e HIV; Atualizem o cartão de vacinação; Participem de atividade educativas desenvolvidas durante o pré-natal; Sejam estimulados a participarem dos momentos do parto e cuidados com a criança e ao mesmo tempo exerçam uma paternidade ativa.
Diante do exposto, a Coordenação Nacional de Saúde do Homem convida a todos os gestores e profissionais de saúde a desenvolverem ações de Paternidade e Cuidado em especial nesse mês de agosto.
O tema para esse ano será: 
Direitos dos homens para o exercício da paternidade ativa 
SLOGAN: SOU PAI, TENHO DIREITOS!
Este Informe Técnico é da Coordenação Nacional do Homem - Responsavel pelo Programa Saude do Homem na IV URSAP - Rubia Maria de Araujo Cunha - Nucleo Técnico

terça-feira, 7 de agosto de 2018

CAPACITAÇÃO EM MANEJO CLINICO DA TUBERCULOSE













A tuberculose continua sendo uma doença de importância para a atenção básica e a saúde pública. 
Tuberculose é uma
doença infecciosa predominantemente pulmonar causada pela bactéria do tipo bacilo chamada Mycobacterium tuberculosis (Bacilo de Koch). A bactéria foi descoberta por Robert Koch em 1882. É transmissível de pessoa a pessoa e ainda hoje é um grave problema de saúde, principalmente em países menos desenvolvidos, onde possui alta mortalidade. As variedades do M. tuberculosis podem provocar tuberculose no gado bovino (M. tuberculosis bovis), aves (M. tuberculosis avis) e humanos (M. tuberculosis hominis). A tuberculose bovina pode contagiar o homem e vice versa. Quando o homem adquire a tuberculose bovina, esta se apresenta sob forma extrapulmonar (tuberculose intestinal, óssea ou ganglionar). Mais raramente pode ocorrer tuberculose nas meninges (membrana que recobre o cérebro). Os grupos mais vulneráveis a contrair a tuberculose são os portadores do HIV, diabéticos, fumantes, indivíduos que fazem uso de álcool e drogas e as pessoas privadas de liberdade.
Transmissão
É uma doença extremamente contagiosa. A transmissão pode acontecer de várias formas: através de fala, espirro e tosse da pessoa infectada; uso de objetos, roupas e utensílios contaminados; ingestão de leite, carne bovina e derivados contaminados; convivência com a pessoa infectada. Em domicílios pouco ventilados e arejados a possibilidade de transmissão da doença é maior porque os bacilos sobrevivem por até 8 horas no ambiente.
Sintomas
Tosse persistente por pelo menos três semanas, expectoração, dor torácica, falta de apetite, fadiga constante, emagrecimento, suor noturno, febre baixa ao anoitecer, catarro esverdeado, amarelado ou com sangue. Em casos mais graves pode ocorrer a hemoptise (hemorragia proveniente dos pulmões, devido à ruptura dos vasos pulmonares nas crises de tosse).
O tratamento dura em média 6 meses. Nos primeiros dois meses, utiliza-se uma combinação de quatro drogas: rifampicina, isoniazida, pirazinamida e etambutol. Após esse período inicial e durante mais quatro meses o paciente utiliza somente a rifampicina e a isoniazida. Se o paciente seguir o tratamento durante esses seis meses, ele fica curado da infecção. Caso o tratamento seja interrompido, ocorre uma recaída e o paciente tem que começar o tratamento todo novamente. Os casos complexos e graves necessitam de internação hospitalar.
Prevenção
A prevenção é realizada através da vacina BCG que é aplicada no primeiro mês de vida da criança. Essa vacina não é eficaz na tuberculose pulmonar, mas diminui as chances de desenvolvimento das formas graves da doença. Apesar disso, a forma mais eficaz é o tratamento das pessoas doentes para que seja evitado o aparecimento de novos casos
CAPACITAÇÃO ORGANIZADA PELA TÉCNICA RESPONSÁVEL PELO PROGRAMA TUBERCULOSE, ENFERMEIRA GISANE DE ARAÚJO OLIVEIRA